Os PEIXES ORNAMENTAIS
ou de AQUÁRIO
é o nome dado em aquariofilia ou aquarismo
às espécies de peixes que são
selecionadas pela exuberância das suas cores, formas, porte e tamanho e pela facilidade
de manutenção em aquários/cativeiros.
Podem ser encontrados no meio natural, de onde são capturados ou feita as extrações,
originários em sua maioria da água doce, dos rios, e também da água salgada, do mar.
Na
Amazônia, a cidade de Barcelos, é considerada a capital dos peixes
ornamentais de água doce do Brasil, devido a diversidade e quantidade de
espécies de peixes que habitam os rios.
Aproximadamente
2.500 famílias dos municípios amazonenses de Barcelos, na margem
direita do Rio Negro, a noroeste de Manaus e de Santa Isabel do Rio
Negro, vivem da captura desses peixes ornamentais.
Já, o
Ceará, se destaca, em trabalhar com a captura ou extrativismo e com
grandes volumes de exportação de peixes ornamentais marinhos.
Tanto as espécies de peixes ornamentais de água doce como as de água salgada brasileiras, importantes para a aquariofilia mundial, figuram entre os mais belos.
Se, a
cerca de uma década e meia o Brasil, liderava a exportação de peixes
ornamentais no mundo, hoje, ainda, reconhecido e respeitado exportador,
desses dois segmentos, ainda movimenta no mercado, valores expressivos,
gerando fonte de divisas (CR$) para a economia do país.
Os
maiores importadores de peixes ornamentais são os Estados Unidos, o
Japão e países europeus como a Alemanha, a Inglaterra e a França.
NOVA VIDA ou VIDA NOVA
A ARTE FASCINANTE
DO AQUARIOFILISTA
AQUARIOFILIA ou AQUARISMO
É a prática de criar peixes ornamentais em aquários.
E, é
claro, os aquariofilistas especialistas, são pessoas experientes,
capazes, dedicadas, que estudam os peixes e que se preocupam em dar a
eles a continuidade de vida próxima da que eles tinham na natureza,
seja, na particularidade de cada rio ou na particularidade do mar
imenso.
Sendo
assim, os peixes ornamentais de água doce, ficarão em aquários com água
doce e os peixes ornamentais de água salgada, ficarão em aquários com
água salgada.
E, tudo
farão para que eles não morram, sobrevivam e vivam nos seus novos
lares, ou seja, nos aquários, definindo tamanhos e formatos, se
pequenos, se médios, se de paredes inteiras, para essa população de
peixes que irá povoá-lo, como nos aquários residenciais, ou como nos
aquários comunitários de cardumes de peixes, com tudo o que for
necessário: quanto aos cuidados de iluminação, parâmetros da água, pH da
água, temperatura da água, etc. etc.; ou quanto aos cuidados das
espécies dos peixes, alimentação adequada e quantidade, comportamento de
cada espécie, se calmo, pacífico ou agressivo, se carnívoro, hábitos
noturnos ou diurnos (peixes não têm pálpebras, caso não durmam, ficam
estressados); ou quanto à decoração, plantas, pedras, enfim, são muito os
cuidados.
A ARTE E A MISSÃO FASCINANTES DO CRIADOR DE
PEIXES ORNAMENTAIS
PISCICULTURA ou AQUICULTURA ou AQUACULTURA
A
piscicultura ou aquicultura ou aquacultura tem o objetivo da REPRODUÇÃO EM CRIADOUROS,
produção em grande escala, de peixes ornamentais que foram capturados ou
extraídos da natureza para fins de comércio, contribuindo, de certa
forma, para a continuação e para que não haja a extinção das espécies na
natureza.
Missão
árdua, às vezes, o criador especialista, ou o criador cientista, ou o
criador biólogo, devido esforços, persistência, consegue a reprodução em
cativeiro, seja, em tanques apropriados ou em lagos artificiais, de
peixes ornamentais mantendo a espécie original,
(às
vezes, nem conseguem definir o sexo, só quando colocam vários juntos e
aí, há a formação de casais, eles se separam dos demais e ficam sempre
juntos)
e a
observação se intensifica devido o interesse pela sua beleza, (é o caso
do peixe ornamental Neon Cardinal de água doce, cuja reprodução em
cativeiro é muito difícil) e até mesmo através de cruzamentos gerando
outros peixes ornamentais com beleza diferente, ainda mais fortes e mais
resistentes apropriados para
venda no mercado interno e para a exportação.
Minas Gerais e Rio de Janeiro são centros criadores de peixes ornamentais.
Importações
acontece. Mesmo das espécies de peixes ornamentais de água salgada
encontradas no Brasil, para atender os aquaristas, que na falta deles,
passam a privilegiar os peixes importados.
Motivos:
1º - A escassez.
O índice de captura ou extrativismo ser maior do que a reprodução no meio natural.
2º - Na
tentativa da reprodução em cativeiro não se conseguir êxito, e quando
se consegue, a reprodução ser esporádica e de baixa qualidade.
No tocante a PREÇOS, os peixes ornamentais de água doce são mais BARATOS e os peixes ornamentais de água salgada mais CAROS.
1º -
Leva-se em consideração a diferença do número das espécies, 450 espécies
de água doce para 136 espécies de água salgada, listadas pelo
IBAMA-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis, permitidas para captura ou extrativismo e comércio.
2º - A
maior possibilidade dos peixes ornamentais de água doce se adaptarem ao
um novo meio do que os peixes ornamentais de água salgada.
OS
PEIXES ORNAMENTAIS BRASILEIROS de água doce, são encontrados geralmente
em igarapés e alguns dos mais conhecidos são: o Neon Cardinal, o Acará
Bandeira, o Acará Disco e o Cascudo.
IMAGENS E TEXTOS GOOGLE
FONTE: WWW.VIVATERRA.ORG.BR
NEON CARDINAL
Nome científico Paracheirodon axelrodi
É também conhecido como Tetra Cardinal.
Origem - só existe na Bacia do Rio Negro
Habitat - águas bem vegetadas e sombreadas
Hábitos - pacíficos, gostam de formar cardumes, sendo bastante sociáveis.
Sua
beleza é bastante excepcional, de cores vibrantes, tem alto valor
comercial, e é considerado por especialistas aquaristas como uma das
espécies mais bonitas da região Amazônica, sendo um dos mais populares
nos aquários comunitários.
Esta espécie é frequentemente confundida com o Neon Verdadeiro (Paracheirodon innesi) que raramente aparece nas lojas.
Alimentação - omnívoro. Alimentam-se de micro-vermes, plâncton e larvas.
Reprodução - Difícil. Mas, já conseguida.
Atingem até 5 cm e o macho é mais esguio que a fêmea.
Ameaças: escassez, captura predatória, poluição e destruição do habitat.
ACARÁ BANDEIRA
Nome científico Pterophyllum scalare
Origem - Amazonas
Habitat - águas não muito profundas, calmas e ricas em vegetação de várzea.
Hábitos -
peixe pacífico, se bem que não se deva confiar nele em companhia de
outros menores. É um tanto temperamental, às vezes fica parado não
significando necessariamente que esteja doente. O que acontece é que se
assustam facilmente, principalmente os mais velhos . Gostam de ficar em
grupos.
O Acará Bandeira é um dos mais populares peixes de água tropical doce.
Considerado por muitos o aristocrata dos aquários, é um príncipe, tem porte majestoso, elegância no nadar e inusitada beleza.
Sua
coloração brilhante é valorizada pelo seu exclusivo e lindo conjunto de
barbatanas, e pela variedade de padrões que foram desenvolvidos ao longo
de décadas de cruzamento seletivo.
Este
peixe se transformou-se numa dor de cabeça para os ictiologistas e
aquariófilos, pois sob a mesma forma e igualdade de colorido foram
descobertas três espécies diferentes: P.scalere, P.eimekei e P.altum.
As
diferenças são pouco aparentes para os aquaristas menos avisados, já que
tudo parece limitar-se à quantidade de escamas e raios das nadadeiras.
Alimentação -
Reprodução - Ovíparo
Atinge o tamanho de 15 cm.
Ameaças: destruição do habitat, captura predatória e tráfico.
ACARÁ DISCO
Nome científico Symphysodon discus
Origem - Amazonas
Habitat
- águas pouco profundas nos igarapés do rio Amazonas e seus afluentes,
com grande quantidade de sais minerais e matéria orgânica, que tornam a
água escura em meio a troncos e raízes de árvores submersas.
Hábitos
- é um peixe acostumado a viver em cardumes com cerca de 20 (vinte)
exemplares, estabelecendo-se uma hierarquia onde o peixe maior será
dominante, este pode ser macho ou fêmea, seguindo-se de sub-chefes. Essa
hierarquia é baseada no tamanho de cada exemplar e apresenta sua maior
importância onde geralmente os peixes maiores se alimentam primeiro.
Quando
um exemplar recebe uma intimidação de outro hierarquicamente acima dele
este se curva para trás deixando o ventre passível ao ataque, essa é uma
forma de um exemplar se submeter ao outro, lembrando que não há
agressão, é somente um meio de mostrar "quem é que manda".
Este peixe é um dos mais belos.
É achatado e redondo como um prato.
A
coloração geral varia de alaranjado até azul-esverdeado, com oito barras
verticais. A cabeça, os opérculos e o dorso são cobertos de linhas
irregulares de brilho intenso, que vão do cinza até o verde claro. As
nadadeiras dorsal e anal, que na base se confundem com o corpo, são
cobertas pelas mesmas linhas. A nadadeira caudal é transparente. Dizem,
sem nenhuma prova definitiva, que o macho é mais colorido que a fêmea.
Alimentação - carnívoro.
Reprodução - ovíparo e cuida da prole
Atinge o tamanho de 20 cm.
Ameaças: captura criminosa, destruição do habitat e tráfico .
Os
peixes coletados na natureza passam por um stress muito grande durante a
viagem do seu habitat natural até os centros urbanos. Os peixes são
capturados na natureza e transportados em péssimas condições onde grande
parte morre devido às condições precárias de transporte e stress da
longa viagem.
CASCUDO
Nome científico Hypostomus punctatus
Origem - Brasil
Habitat - peixe de fundo
Hábitos - pacífico, noturno. Fica ativo e se alimenta neste período, mas muito pouco. Durante o dia passa à sombra.
Também é
conhecido como Cascudo Pintado, não é um peixe muito bonito, mas muito
útil, muito simpático e inofensivo. Possui uma ventosa em sua boca que
faz aderir em pedras e que ajuda a raspar as algas. Revestido por placas
ósseas, o seu corpo dificilmente é atacado por outros peixes.
Alimentação - algas constituem sua alimentação principal.
Reprodução - ovíparo. A fêmea deposita seus ovos em grutas e buracos e logo após o macho os fecunda
Pode atingir 30 cm.
Ameaças: poluição e destruição do habitat.
OS PEIXES ORNAMENTAIS BRASILEIROS de água salgada mais conhecidos são:
Nome científico Apogon americanus
BODIÃO
Nome científico Halichoeres poeyi
BODIÃO ARARA
Nome científico Bodianus pulchellus
BODIÃO PAPAGAIO Nome científico Bodianus rufus |
BORBOLETA AMARELO Nome científico Chaetodon ocellatus CAVALO MARINHO Nome científico Hippocampus reidi
|
Nome científico Abudefduf saxatilis
ANJO RAINHA
Nome científico Holacanthus ciliares
Nome científico Holacanthus ciliares
Para desenvolver cada atividade, há leis específicas, regidas pelo IBAMA-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, autorizações, cadastros, etc., etc., que devem ser cumpridas e para que se possa desenvolvê-las e a fiscalização têm-se intensificado, desde a captura ou extrativismo na natureza, como para o aquariofilista, para o criador aquariofilista, para o criador especialista/cientista/biólogo e até para os lojistas que irão comercializá-los.
www.mpa.gov.br
www.vivaterra.org.br
Noemia Arabe